por Davi Perez
Elas trazem a selva de pedra
Que é muito pra mim
Viajei, mas sigo ilhado
No início do fim
Vivo no germe daquilo
Que lá já é lei
Aqui me resta o sigilo
Do que não acostumei
São a pressa, a incerteza
A inconstância
A tristeza, a frieza
A distância
Suas grandezas rotineiras
Confrontam a imensidão do meu sonho
São barreiras, peneiras
Onde já não me sobreponho
Elas são a metrópole
O formigueiro de concreto
Fizeram-me de exílio
Tornaram-se sem teto
Sei que posteriormente
Iremos juntos afundar
O mar de cimento e fumaça
Vai a todos inundar
Por enquanto eu vou por aí
Apenas na contemplação
Dos seus incertos movimentos
De atração e repulsão
